Líbia

Emigrantes guineenses pedem socorro do Governo

 

Os emigrantes guineenses, que se encontram na Líbia, estão a viver em situação grave, tal como toda a agente que ali se encontra.

Em conversa tida ontem à noite com o Nô Pintcha, Suleimane Baldé, cidadão da Guiné-Bissau residente em Tripoli, disse que estão desesperados e só querem sair daquele país, algo que “está a tornar-se cada vez mais difícil”.

“Não sei se vamos sair daqui com vida. A gente está escondida praticamente em abrigos subterrâneos. Ninguém consegue sair, porque os líbios estão a desconfiar dos imigrantes negros, visto que os consideram mercenários”, relata Suleimane em conversa telefónica.

Este emigrante indicou que muitos guineenses foram à Embaixada de Portugal, em Tripoli, para tentar arranjar refúgio, mas as autoridades lusas disseram que não podiam receber nenhum refugiado estrangeiro, por falta de autorização.

“Por favor informem ao Governo para vir buscar-nos. Quase todos os países, incluindo o Senegal, nosso vizinho, estão a tentar resgatar os seus cidadãos daqui e nós estamos escondidos debaixo dos refúgios. Não podemos sair para lado nenhum”, lamenta, adiantando que eles têm problemas até de conseguir comida.

A revolta da população contra o regime de Muhammar Khaddafi continua na Líbia. Algumas agências internacionais de informação dão conta que o número de mortos já está quase na ordem de mil pessoas. 

 

Ibraima Sori Baldé

 

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